A releitura de livros sempre nos traz novos insigths, é quando você pega um aprendizado e o enraíza, aprofundando conceitos e indo para a ação, que é o que mais me interessa.
Estou relendo o livro “O poder do hábito” para construir um conteúdo para um evento futuro, que ainda não posso divulgar. Mais que isso, a leitura desse conteúdo está se tornando um experimento, porque sou dessas (risadas). De que adianta mil dicas e teorias se isso não funciona ou é aplicável em nossas vidas?
Pois é. Vamos às primeiras impressões! Numa próxima oportunidade trarei o experimento e o resultado dele, que terá como base esses aprendizados. O primeiro foi: qualquer hábito pode ser construído e nosso cérebro ama tais rotinas, porque dessa forma ele economiza energia.
Imagina só você tendo que avaliar cada passo que for dar na vida, escolher se amarrará o sapato esquerdo antes do direito, ou se escova os dentes antes ou depois do banho, por exemplo. Você não pensa sobre isso, pois realiza tarefas habituais no automático, economizando energia do cérebro. É dessa forma que conseguimos ter energia para tarefas mais complexas como escrever, elaborar relatórios ou fazer contas.
E isso é bom e ruim, explico: precisamos nos apoiar e nos beneficiar de seus aspectos positivos e todos os benefícios de se construir hábitos, mas fique atento, pois o cérebro não reconhece se um hábito é bom ou ruim, você quem está no comando. Se você tem um hábito nocivo, como sedentarismo, por exemplo, e deseja combatê-lo é preciso que você construa um novo hábito para virar rotina no lugar do hábito nocivo.
Um hábito é construído da seguinte forma: você dá uma deixa ao cérebro, a rotina acontece, e você recebe uma recompensa por isso. No momento que essa rotina se transformar num anseio, onde nenhum ruído será capaz de tirar você dessa rotina, você construiu esse hábito.
Vamos aos exemplos: eu acordo diariamente às cinco horas da manhã, (muitas pessoas acham esse hábito pavoroso, mas vejam como ele é poderoso para mim) a deixa é o meu despertador que toca na mesa onde fica meu computador, afastado da cama, ou seja, preciso me levantar para desligar, e aí não rola aquela preguiça dos cinco minutinhos, pois já estou de pé. A rotina é: higiene pessoal, café da manhã (sempre deixo a cafeteira preparada, outra deixa que me deixa com a recompensa de preparar o café de forma mais rápida) meditação e leitura. Termino esse ritual às seis horas da manhã, e parto para um outro ritual que é a manutenção de meu lar para aquele dia que consiste em: fazer as camas, retirar lixos dos banheiros, dobrar as roupas do varal, guardar, colocar novas para lavar, varrer e passar pano na casa, etc. (algumas tarefas mudam de acordo com o dia e com o horário que preciso estar no cliente). Mas quero que você entenda qual é a minha recompensa com essa rotina! A minha recompensa é: às sete e meia da manhã tudo que é imprescindível em meu lar para vivermos aquele dia com paz e segurança estará pronto.
Nesse momento eu avalio o que farei naquele dia de prazeroso, seja trabalhar, seja escrever, fazer home-office, ler, enfim…
Ter o meu lar organizado é premissa para um dia produtivo, então eu cumpro a rotina sistematicamente em busca desse resultado. Fazer isso é automático, e economiza a energia do meu cérebro porque enquanto estou fazendo as tarefas consigo meditar, pensar em outras tarefas pendentes daquele dia, etc…
Os plenamente atentos não vão gostar desse post, na verdade eu também tenho ressalvas, pois concordo em partes que os hábitos destroem a nossa mente plenamente atenta, deixando passar coisas importantes, pois agir no modo automático nos faz robotizados. Porque fazemos tantas outras coisas como robôs, como usar o celular e não ver e ouvir o que acontece ao nosso redor, que construir hábitos condizentes com o que você quer para a sua vida só lhe trará benefícios, concorda?
Então, se você deseja se tornar uma pessoa organizada tente por pelo menos 20 dias fazer esse teste:
Coloque uma deixa para começar essa rotina, pode ser um cheiro, um som, um horário do dia, tipo que nem eu, às cinco horas da manhã, hehehehe.
Após a deixa faça a mesma rotina por 20 dias, organizar a casa, dobrar as roupas, organizar a mesa do escritório. Alie tudo isso a uma recompensa que para você seja valiosa, isso é totalmente individual, para mim significa tempo livre para fazer coisas importantes (porque organizar e limpar a casa é essencial, é algo que precisa ser feito, entende? Importante mesmo é eu ter tempo para realizar sonhos e fazer as coisas que gosto). Eu foco no tempo livre, apenas isso! E na sensação que tenho quando sinto meu ambiente organizado, isso me deixa feliz e me faz ser ainda mais produtiva.
Você pode colocar a rotina do exercício, que é o experimento que estou fazendo. Reconstruindo esse hábito que foi perdido quando meu filho de seis anos nasceu.
Estou há 15 dias fazendo o experimento e já consigo me lembrar de fazer exercícios todos os dias, falhei no final de semana e num dia que me aconteceu um evento negativo (isso me fez entender que ter um dia ruim me levaria ao desânimo, a procrastinação ou até mesmo a ruptura de hábitos, ou seja, o experimento ainda está auxiliando em meu autoconhecimento),e levando a perceber que fazer exercícios ainda não virou um anseio. Estou em busca disso.
Mãos à obra, pessoal. Você quer ou não quer ter a vida dos seus sonhos?
Se a resposta for sim, alinhe seus hábitos com o que deseja realizar e tudo será possível.
Eu já estou caminhando nesse sentido!
Um beijo.