Minha casa Minimalista

A pata de elefante triunfante na entrada

Eu abro a porta da minha #casaminimalista (na verdade é um aconchegante apartamento) e já avisto aquela enorme planta, que apelidamos com um nome bem engraçado. É uma pata de elefante que havia ficado doente na casa antiga, mas conseguimos salvá-la numa daquelas tardes gostosas e habituais em nossa vida; a resgatamos, trocamos o vaso, a terra, demos atenção e afeto e hoje ela está exuberante.

A nossa atual varanda me lembra a casa dos meus pais; móveis rústicos, artesanato, muitas jiboias.

O cantinho do café tem a porcelana que comprei para o nosso primeiro apartamento, isso tem muitos anos e nenhuma peça se quebrou. Engraçado como algumas peças criam vida e força próprias.

Tem porcelana na parede também, memória afetiva pura!

Louça herdada na parede juntamente a alguns itens trazidos de viagem. O maior de todos trouxemos da Grécia

Todas as gravuras foram trazidas de alguma viagem; nossa caricatura vinda de Paris, um par de Budas do Japão, aquele biombo e o pote de glicínias carregam um significado tão especial.

Caricatura trazida de Paris
Budas trazidos do Japão
O único porta-retrato que fica na sala

O único porta-retratos, clean, de vidro, carrega consigo uma imagem de um azul profundo e um casal recomeçando a vida, repleto de amor e esperança. 1 ano depois de tirada aquela foto eu carregaria em meu ventre o nosso pequeno Enrico.

A panela de barro, presente do meu pai, quanta feijoada e bacalhau já fez história dentro dela.

Andamos descalços em casa como eu sempre quis, e na área da prosperidade cultivamos orégano fresco e uma pequenina fonte, vida abundante, fluida e feliz, como o sorriso de um outro Buda que ali vive também.

Fonte na área da Prosperidade, e nosso orégano delicioso

De vez em quando arrumo a cama com a colcha herdada, o quarto fica tão iluminado nesses dias. E as noites calmas, serenas e cobertas pelo nosso edredom, único e favorito, ao som do sabiá laranjeira, que parece nos perseguir aonde quer que vamos.

Tudo tem um sabor especial, o café feito na cafeteira italiana, que além de não produzir lixo é a “deixa” mais feliz do meu amanhecer produtivo, com meditação e leitura diária! E você repete “lá vai ela preparar a cafeteira” e todos riem do meu poderoso hábito.

E por falar em hábito, eu trouxe pro nosso ninho apenas os livros preferidos. Doei e vendi os que não fazem mais parte da minha história. Não carrego mais apegos em minha atual [vida e apartamentos] minimalista. Carrego o que faz parte carregar, alguma história, o que é útil, o que faz bem, o que toca o coração.

Tudo escolhido a dedo, inclusive os livros. Nasceu uma vontade imensa de ler todos os livros do mundo. Talvez um kindle resolva isso, ou montar uma pequena livraria, onde os visitantes possam tomar um café forte, preparado na hora e servido em uma porcelana simples e muito charmosa. Esse momento poderia ser regado a cheesecake e amigos. É um belo sonho, não é?

E falando em amigos, penso logo numa rodada do nosso vinho preferido, que não temos ainda, hahaha, porque ainda não experimentamos todos!

Somos assim!

Somos leves como a nossa casa minimalista, que de tão fluida não há necessidade de muitos cuidados, usamos sabão líquido natural feito em casa, tão natural como a luz do dia…

Acendemos incenso para começar o dia, e no fim dele também, tem música tocando às vezes e a gente segue dançando e rindo. O silêncio quando me invade também é bem-vindo, mas é raro em minha casa, e por ser raro é saboreado como se fosse festa de Natal para criança pequena. Eu tiro dele o que é possível tirar, até que todos chegam e o burburinho retorna. Minha casa minimalista é barulhenta porque somos muitos, e somos intensos.

Arebaba, como somos felizes aqui!

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