Minha última postagem contou um pouco sobre a minha casa minimalista, se você não teve a oportunidade de ler e quiser se inteirar do assunto é só clicar no link abaixo.
O que eu quis mostrar para você é que esse estilo de vida é acessível a todos nós e que não existe essa imagem (era uma imagem que eu tinha do minimalismo e que pode ser a mesma imagem que você possui) de você ter uma casa toda branca, sem móveis e apenas um livro, ou somente 21 peças de roupas.
Evitar os extremos precisa estar na nossa mente o tempo todo, pois nenhum extremo é bom.
Vida feliz é vida abundante e próspera nas áreas que você reconhece como principais para você.
Para isso e por isso passeamos pelo autoconhecimento, para entender primeiramente quem somos e com tais dados em mãos trilhar o nosso caminho, que será de puro prazer porque de posse do que te faz feliz você viverá uma vida plena. E vida plena pode ser entendida como vida simples, que foi inclusive a escolha que eu fiz. Suas escolhas podem ser e, provavelmente serão, diferentes das minhas, porque somos pessoas diferentes, com histórias e bagagens únicas.
Digo isso porque quando fui me debruçar sobre conceitos de organização e entrei, pela primeira vez, em contato com o conceito do Minimalismo, fui adentrando devagar e quanto mais eu me aprofundava mais eu via sentido em tudo aquilo. Eu assisti ao documentário do Netflix, Minimalism, vídeos no YouTube sobre o assunto, li alguns livros importantes, entre outros estudos.
Dessa forma, eu comecei a passear pelo “meu minimalismo”.
A estética minimalista está super em alta porque cada vez mais as pessoas estão perdidas no caos, em meio a tantos ruídos. Temos tudo ao alcance de um click, e isso nos distancia de nossa verdade. No Minimalismo o caos dá lugar à leveza e a simplicidade. Menos é mais, entende? Em todos os aspectos da vida. O Minimalismo me ajuda a tomar decisões, porque parto do princípio da qualidade em detrimento da quantidade. Seja para comprar uma peça de roupa, seja para avaliar em quais atividades colocarei meu foco durante a semana. Serve para você avaliar também seus relacionamentos, a apreciar as experiências, a como utilizar seu tempo com sabedoria.
Se eu fosse me basear em referências da internet para compor minha casa, muito provavelmente eu me perderia porque a casa deixaria de ter a minha identidade. Por exemplo, possuo muitos quadros nas paredes e minha casa tem muita cor, simplesmente porque minha alma é colorida. E eu não deixo de viver um estilo de vida minimalista por conta disso. O importante é que tudo que possuo está ali com um propósito bem definido.
O que me traz conforto e leveza são plantas, menos coisas para organizar e limpar. Saber que não possuo excessos. Me dói pensar que não uso o aspirador de pó há 3 meses. Desperdício me irrita profundamente, então o minimalismo me trouxe essa consciência do consumo. Estou no processo, não existe nada pronto nem perfeito por aqui. Mas existe uma consciência que antes não existia, e isso é o mais importante. Não saio mais às compras como saía antes.
Penso, repenso, reflito.
Por ser um estilo de vida ele permeia absolutamente tudo que existe em minha vida.
É esse minimalismo que sigo e tentei te mostrar abrindo parte de minha casa e da minha individualidade para você, para dizer que é possível viver dessa forma e que está longe de ser monótono ou até mesmo escasso, vazio, triste. Vai ser do jeito que você pintar, entende? Mas principalmente tem que trazer leveza e paz.
Você vai compor o seu cantinho, que pode ser todo branco, por quê não? Precisa ter sua essência e te fazer feliz. Passar pelo que de fato é importante para a sua existência. Sem ignorar, de maneira alguma, os cuidados com o nosso Planeta. Esse é outro ponto que o Minimalismo nos traz como reflexão. Consumimos para aplacarmos dores, e esse consumo está acabando com o Nosso Planeta.
Adoro dar exemplos porque existem alguns conceitos que são mais bem entendidos dessa forma.
Antes de me mudar para esse apartamento eu possuía três conjuntos de louças, um do dia a dia, um que uso aos finais de semana, e um outro que usávamos quando fazíamos churrasco. Meu apartamento não tem varanda gourmet, e nem o prédio tem churrasqueira. Que sentido faria eu manter a louça do churrasco comigo? Doei. Ganhei mais espaço em meus armários e menos coisas para organizar e administrar. E ainda fiz feliz uma família, hehehehe.
Experimente olhar ao redor e veja o quanto de coisa você possui amontoada dentro dos armários. Eu sei que é assim pois trabalho e lido com isso todo os dias. Experimente fazer um exercício de retirar o que não usa há 6 meses e doar, vender, enfim. Faça apenas uma triagem desse tipo e perceba o quanto de coisas você tem e não usa, se desfaça e sinta a leveza do ambiente depois desse processo.
Você não precisa manter objetos que não usa, mas o importante mesmo é refletir quando for consumir algo. Por isso que passar por um processo de organização é transformador, porque avaliamos nossos hábitos de consumo e percebemos o quanto de dinheiro jogamos no lixo diariamente, comprando coisas que sequer tiramos das embalagens.
Abra espaços em sua casa e em seus armários para tão somente aquilo que tem utilidade, que seja de apreciação estética, ou que lhe faça feliz (só tome cuidado com essa última categoria, porque ela costuma ser traiçoeira com os apegados). Se dentre tudo isso que mencionei houver itens que não correspondem a nenhum, nem outro, desapegue e comece a partir de hoje a construção do seu minimalismo.
Se precisar de ajuda podemos passar por esse processo juntas.
Todo processo precisa de cuidado e atenção, se dê esse tempo! A transformação virá conforme você for avançando e praticando.
Confie e colha os frutos de uma vida repleta de significado, sabor, e muita, muita consciência do que realmente importa.
Um beijo.